E quem não gostaria de escutar palavras como essas? Alguém que faça algo que nos agrade sem cansar. É assim a História do Romance O Caçador de Pipas de Khaled Hosseini. A história de amizade entre Amir (Zekiria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmoodzada) é uma verdadeira lição de cumplicidade, amizade, lealdade, amor, culpa e arrependimento.
Hassan, um menino simples, de coração puro e humilde, esperto e inteligente, nunca se ofendia com as grosserias de seu amigo Amir, que ao contrário era um garoto estranho e egoísta, queria a qualquer custo ganhar a admiração de seu pai. Hassan, por sua vez era cativante e conseguia a admiração de todos por ser sempre disponível e disciplinado.
A amizade entre o filho do criado Ali, com Amir Jan é um tanto intrigante, pois deixa claro que Amir não correspondia com a devoção e admiração que o pequeno Hassan tinha por ele. Quando criança, os dois passavam o dia inteiro brincando, soltando e correndo atrás de pipas, Amir contava estórias a Hassan que deixava se deslumbrar pelas narrativas de seu amigo.
Fiel, companheiro e leal, assim era Hassan, uma bondade tamanha que nos toca profundamente e nos faz refletir sobre a possibilidade de existir uma pessoa tão completa em sentimentos puros, ele não se importava com a indiferença de Amir, e sempre transparecia o valor daquela amizade para ele.
Como Hassam previa aonde as pipas caiam a última vez que correu atrás de uma para Amir, ele foi abordado por um grupo de jovens rebeldes, que o insultaram na presença de Amir, que nada fez para defendê-lo, valente e forte Hassan não se deixou vencer pelos insultos, resistiu até onde pode e logo depois foi abusado sexualmente. Tudo isso aconteceu porque ele havia prometido dá de presente a pipa para seu amigo.
Será que Amir faria isso por Hassan? Não, não faria e não o fez, ele se comportou como um fraco, um covarde, assim como muitos fazem quando são provados em situações como essa, ele virou as costas pro amigo e não o bastasse ainda fez com que Hassan fosse embora de sua casa. Amir era muito egoísta queria ser o centro das atenções, mas o remorso e a culpa o acompanharam por muitos anos. Já o corajoso Hassan disse que por ele faria isso mil vezes.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Até que ponto você se conhece?
Esse é o questionamento proposto pelo filme Crash - no limite, de Paul Haggis, que traz uma reflexão sobre os conflitos contemporâneos existentes nas sociedades, principalmente em Los Angeles, onde o drama acontece.
No filme, a narrativa é construída com vários casos envolvendo pessoas e profissionais de raça, etnias e classes sociais diferentes, mas com uma qualidade pessoal em comum, são preconceituosas, e que por ironia do destino se encontram em momentos e situações diferentes.
O preconceito racial e étnico predominante na personalidade dos atores é motivo de vários incidentes entre eles. E daí surge a pergunta, até que ponto você se conhece? Pois, ao mesmo tempo em que o preconceito é motivo para atitudes ignorantes, os personagens se deparam com situações que mostram seu lado humano.
Bem e mau se confundem no cenário e nos mostram até onde somos limitados por nossa arrogância de julgar que somos melhores pelo fato de ocupar uma posição social superior aos demais. Entretanto, ao decorrer dos acontecimentos os personagens deixam explícitos em suas atitudes que não existe uma pessoa totalmente má ou sensata demais a ponto de não cometer um deslize.
E essa reflexão se torna evidente no caso do oficial Ryan, interpretado pelo ator (Matt Dillon) ao abordar um casal de negros que estavam a caminho de uma festa. Christine e Cameron interpretados por (Thandie Newton) e (Terrence Howard) são vítimas de abusos racistas pelo oficial, que em outra situação salva Ryan de um incêndio no carro.
Outro exemplo é o oficial Hanson (Ryan Phillippe) sensato, equilibrado, justo e ético com a sua profissão, mas que ao ser gentil dando carona a um desconhecido, que por contradição é um bandido, ele é irritado, perde o controle e comete homicídio.
Portanto, Crash é uma ação onde os dramas decorrentes são exemplos de como vivem os Norte- Americanos após o atentado de 11 de Setembro, amedrontados, desconfiados e cada vez mais preconceituosos. O Drama ganhou o Oscar de melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem em 2006
No filme, a narrativa é construída com vários casos envolvendo pessoas e profissionais de raça, etnias e classes sociais diferentes, mas com uma qualidade pessoal em comum, são preconceituosas, e que por ironia do destino se encontram em momentos e situações diferentes.
O preconceito racial e étnico predominante na personalidade dos atores é motivo de vários incidentes entre eles. E daí surge a pergunta, até que ponto você se conhece? Pois, ao mesmo tempo em que o preconceito é motivo para atitudes ignorantes, os personagens se deparam com situações que mostram seu lado humano.
Bem e mau se confundem no cenário e nos mostram até onde somos limitados por nossa arrogância de julgar que somos melhores pelo fato de ocupar uma posição social superior aos demais. Entretanto, ao decorrer dos acontecimentos os personagens deixam explícitos em suas atitudes que não existe uma pessoa totalmente má ou sensata demais a ponto de não cometer um deslize.
E essa reflexão se torna evidente no caso do oficial Ryan, interpretado pelo ator (Matt Dillon) ao abordar um casal de negros que estavam a caminho de uma festa. Christine e Cameron interpretados por (Thandie Newton) e (Terrence Howard) são vítimas de abusos racistas pelo oficial, que em outra situação salva Ryan de um incêndio no carro.
Outro exemplo é o oficial Hanson (Ryan Phillippe) sensato, equilibrado, justo e ético com a sua profissão, mas que ao ser gentil dando carona a um desconhecido, que por contradição é um bandido, ele é irritado, perde o controle e comete homicídio.
Portanto, Crash é uma ação onde os dramas decorrentes são exemplos de como vivem os Norte- Americanos após o atentado de 11 de Setembro, amedrontados, desconfiados e cada vez mais preconceituosos. O Drama ganhou o Oscar de melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem em 2006
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Estigmas de uma Artista
"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque
sou o assunto que conheço melhor” (Frida Kahlo)
Por: Ana Carolina Caves
E todos nós carregamos um fardo, pesado ou não, mas sempre um fardo, existem pessoas com menos, outras que consideramos ter mais, e outras que ficamos arrependidos de reclamar da sorte quando conhecemos suas angústias e desgraças, mas que não perdem a beleza e o sorriso no rosto, e aproveitam da criatividade e do dom para expor e esvaziar a dor que os corroem.
É através das Artes que podemos conhecer a aflição, desespero, angústias e medos, dos artistas. Em suas obras, são expostos os sentimentos mais profundos que se tornam motivos de admiração de quem as contemplam.
Assim pude perceber nas obras de Frida Kahlo, artista plástica que teve sua vida marcada por estigmas que a vida lhe pregou ferindo tanto o corpo quanto o coração. Mas através da dor ela descobriu uma forma de aliviar e esvaziar a mágoa causada pelas tragédias. Ao deparar-se deitada em uma cama, começou a se desenhar, traçando nos riscos a situação a qual se encontrava seu corpo: fragilizado e impossibilitado.
Foi dessa forma que ela construiu uma História e passou a fazer parte dela, a arte de Frida é muito forte e expressiva, com cores que dão vida à sua realidade, exposta em suas pinturas. Jovem ousada transformou suas tragédias em contentamento, viveu com intensidade, amou profundamente, abusou de suas possibilidades, e ironizava as suas deficiências, que foram tantas, mas não tiveram o poder de fazer com que ela desistisse de lutar pela vida.
O corpo marcado pelo sofrimento, o coração marcado por um amor complicado que a fez considerar a segunda maior tragédia de sua vida, e com o coração machucado pela traição de duas pessoas que amava profundamente, sua irmã e seu amado, amantes e traidores aumentaram os sofrimentos da jovem mexicana.
No entanto, depois de idas e voltas, de sofrimentos e desilusões, foi com Diego Rivera que terminou os seus dias, foram parceiros em grandes momentos da vida, de suas mulheres Frida foi a que o comunista mais admirou, por isso a amou por mais tempo. Uma mulher forte, alegre, dinâmica, inteligente, sofrida, mas cheia de garra, é considerada uma das maiores artistas do século XX e um exemplo para nós que às vezes desistimos dos nossos fardos, por acharmos que somos incompetentes, fracos e desmerecidos, e o que ela deixa claro é que viver é muito mais.
sou o assunto que conheço melhor” (Frida Kahlo)
Por: Ana Carolina Caves
E todos nós carregamos um fardo, pesado ou não, mas sempre um fardo, existem pessoas com menos, outras que consideramos ter mais, e outras que ficamos arrependidos de reclamar da sorte quando conhecemos suas angústias e desgraças, mas que não perdem a beleza e o sorriso no rosto, e aproveitam da criatividade e do dom para expor e esvaziar a dor que os corroem.
É através das Artes que podemos conhecer a aflição, desespero, angústias e medos, dos artistas. Em suas obras, são expostos os sentimentos mais profundos que se tornam motivos de admiração de quem as contemplam.
Assim pude perceber nas obras de Frida Kahlo, artista plástica que teve sua vida marcada por estigmas que a vida lhe pregou ferindo tanto o corpo quanto o coração. Mas através da dor ela descobriu uma forma de aliviar e esvaziar a mágoa causada pelas tragédias. Ao deparar-se deitada em uma cama, começou a se desenhar, traçando nos riscos a situação a qual se encontrava seu corpo: fragilizado e impossibilitado.
Foi dessa forma que ela construiu uma História e passou a fazer parte dela, a arte de Frida é muito forte e expressiva, com cores que dão vida à sua realidade, exposta em suas pinturas. Jovem ousada transformou suas tragédias em contentamento, viveu com intensidade, amou profundamente, abusou de suas possibilidades, e ironizava as suas deficiências, que foram tantas, mas não tiveram o poder de fazer com que ela desistisse de lutar pela vida.
O corpo marcado pelo sofrimento, o coração marcado por um amor complicado que a fez considerar a segunda maior tragédia de sua vida, e com o coração machucado pela traição de duas pessoas que amava profundamente, sua irmã e seu amado, amantes e traidores aumentaram os sofrimentos da jovem mexicana.
No entanto, depois de idas e voltas, de sofrimentos e desilusões, foi com Diego Rivera que terminou os seus dias, foram parceiros em grandes momentos da vida, de suas mulheres Frida foi a que o comunista mais admirou, por isso a amou por mais tempo. Uma mulher forte, alegre, dinâmica, inteligente, sofrida, mas cheia de garra, é considerada uma das maiores artistas do século XX e um exemplo para nós que às vezes desistimos dos nossos fardos, por acharmos que somos incompetentes, fracos e desmerecidos, e o que ela deixa claro é que viver é muito mais.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
O ouro do Brasil
Após percorrer um longo caminho à busca de um Brasil livre de perseguições e de torturas impostas pelo Golpe Militar de 1964-1988, O Brasil é hoje considerado uma das maiores Democracias do mundo.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicados na edição da revista Veja, de 28 de Julho, apontam um acréscimo de 10 milhões de brasileiros qualificados para votar nas eleições do próximo 03 de outubro. Em 2006 eram 125 milhões, hoje o Brasil confirma toda uma luta Histórica e se fortalece enquanto Democracia.
Uma Democracia forte, pessoas interessadas com o futuro na nação. Mas, e o que pensam os políticos sobre essa nação? Será que comungamos dos mesmos interesses? Serão mesmo verdades aqueles discursos sobre educação, saúde, meio ambiente, que eles fazem no horário reservado para a propaganda eleitoral na TV, na Rádio...? Ou, não passam apenas de mais uma tentativa de subornar nossas mentes?
Questões importantes de serem analisadas antes de escolhermos o próximo a explorar a “mina”, pois, sabemos que os cofres públicos é uma mineração de fácil acesso, e que são muitos os candidatos a uma vaga na escavação.
É bem verdade que precisamos de pessoas responsáveis para cuidar do patrimônio público, pessoas fortes, inteligentes e estratégicas, pois a mina não pode alojar todos. Mas outra verdade, é que não somos nós quem escolhemos os candidatos à escavação, isso cabe à Corte Judicial, é ela quem julga a procedência dos guardiões, a nós cabe apenas o dever de escolher entre os candidatos já impostos por esta Corte.
Outro dado do TSE, é que o interesse dos jovens pelas eleições vem diminuindo, e isso é uma preocupação para a nação brasileira, porque se espera deles a mudança, a renovação, mas será que alguém já questionou os porquês dessa atitude?
Acredito eu que não sejas por rebeldia, ou porque não se interessem por política, ou até mesmo pelo simples fato de não querer, o contrário, nós já estamos cansados de tudo isso, escândalos, um querendo mais ouro que o outro, ouro que não lhes pertence, seu dever é só cuidar e fazer com que ele se multiplique para poder investir em bens sociais, o eleito à escavação é um tutor, ele recebe um valor pelo seu trabalho, mas se furtar o ouro já sabe, é crime.
O que acontece em nossa Democracia é a falta de respeito a aqueles que apostam nos candidatos, porque para as pessoas que vão ser escolhidas para ir à escavação, precisam mostrar trabalho, interesse e boa procedência, isso só ocorre no prazo dado a elas para demonstrar que são pessoas boas e honesta, merecedoras de tal cargo, quando são eleitas elas caem nas graças da corrupção, o patrimônio é riquíssimo eu falei, e elas se deixam deslumbrar por tamanha riqueza.
Portanto, a história de corrupção nesse contexto é clássica, e vem desde quando Cabral descobriu “minas” por aqui, acontece que desde essa época, o Sistema Político no Brasil passou por várias mudanças, e hoje como mencionei acima, vivemos em uma democracia muito forte, se o voto fosse livre, não um dever, uma obrigação, ela se fortaleceria mais. Enquanto isso só nos resta cumprir o dever de eleitores, mas com critérios e responsabilidade, um voto errado ou inconsciente têm grandes conseqüências. Afinal 135 milhões de brasileiros podem fazer a história a começar pela troca dos personagens.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicados na edição da revista Veja, de 28 de Julho, apontam um acréscimo de 10 milhões de brasileiros qualificados para votar nas eleições do próximo 03 de outubro. Em 2006 eram 125 milhões, hoje o Brasil confirma toda uma luta Histórica e se fortalece enquanto Democracia.
Uma Democracia forte, pessoas interessadas com o futuro na nação. Mas, e o que pensam os políticos sobre essa nação? Será que comungamos dos mesmos interesses? Serão mesmo verdades aqueles discursos sobre educação, saúde, meio ambiente, que eles fazem no horário reservado para a propaganda eleitoral na TV, na Rádio...? Ou, não passam apenas de mais uma tentativa de subornar nossas mentes?
Questões importantes de serem analisadas antes de escolhermos o próximo a explorar a “mina”, pois, sabemos que os cofres públicos é uma mineração de fácil acesso, e que são muitos os candidatos a uma vaga na escavação.
É bem verdade que precisamos de pessoas responsáveis para cuidar do patrimônio público, pessoas fortes, inteligentes e estratégicas, pois a mina não pode alojar todos. Mas outra verdade, é que não somos nós quem escolhemos os candidatos à escavação, isso cabe à Corte Judicial, é ela quem julga a procedência dos guardiões, a nós cabe apenas o dever de escolher entre os candidatos já impostos por esta Corte.
Outro dado do TSE, é que o interesse dos jovens pelas eleições vem diminuindo, e isso é uma preocupação para a nação brasileira, porque se espera deles a mudança, a renovação, mas será que alguém já questionou os porquês dessa atitude?
Acredito eu que não sejas por rebeldia, ou porque não se interessem por política, ou até mesmo pelo simples fato de não querer, o contrário, nós já estamos cansados de tudo isso, escândalos, um querendo mais ouro que o outro, ouro que não lhes pertence, seu dever é só cuidar e fazer com que ele se multiplique para poder investir em bens sociais, o eleito à escavação é um tutor, ele recebe um valor pelo seu trabalho, mas se furtar o ouro já sabe, é crime.
O que acontece em nossa Democracia é a falta de respeito a aqueles que apostam nos candidatos, porque para as pessoas que vão ser escolhidas para ir à escavação, precisam mostrar trabalho, interesse e boa procedência, isso só ocorre no prazo dado a elas para demonstrar que são pessoas boas e honesta, merecedoras de tal cargo, quando são eleitas elas caem nas graças da corrupção, o patrimônio é riquíssimo eu falei, e elas se deixam deslumbrar por tamanha riqueza.
Portanto, a história de corrupção nesse contexto é clássica, e vem desde quando Cabral descobriu “minas” por aqui, acontece que desde essa época, o Sistema Político no Brasil passou por várias mudanças, e hoje como mencionei acima, vivemos em uma democracia muito forte, se o voto fosse livre, não um dever, uma obrigação, ela se fortaleceria mais. Enquanto isso só nos resta cumprir o dever de eleitores, mas com critérios e responsabilidade, um voto errado ou inconsciente têm grandes conseqüências. Afinal 135 milhões de brasileiros podem fazer a história a começar pela troca dos personagens.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Grajaú de tantas tradições
Por: Ana Carolina Chaves
“Eu vim de lá do interior...” assim fala Pe. Zezinho em uma de suas canções mais ouvidas, e que traz na letra a lembrança da vida simples de quem mora no interior. Envolvida por chapadas, serras, montanhas, ladeiras e aldeias indígenas, se encontra uma cidadezinha aconchegante e charmosa que nos encanta com suas marcantes tradições.
Em Grajaú tudo é motivo de festa, terra de poetas e cantores que remontam sua história, e em forma de versos e canções enchem de orgulho o coração de quem por lá passa.
Conhecida pela riqueza de uma cultura que se manifesta através do som de uma viola, das toadas do bumba-meu-boi nos festejos juninos, da folia de Reis, da festa do Divino Espírito Santo, dos festivais de música, desde a Religiosa à Música Popular Brasileira, do carnaval ao som dos instrumentos de sopro da Banda Torquato Lima e da famosa festa do Moqueado, festejo da moça virgem da aldeia.
Banhada pelos Rios Grajaú e Mearim, as matas de Grajaú escondem exuberantes riachos e cachoeiras de águas cristalinas que não deixam cair no esquecimento às grandes pescarias ao sabor do quilambí.
Saudades. É o que resta quando se está longe de casa e vem a lembrança do quanto é gratificante sentar à porta da rua e jogar conversa fora com os amigos e vizinhos, sentar no banco da praça e ver o cair da tarde, escutar os sinos da Catedral e encher os olhos de lágrimas de saudades das coisas que eu não vivi.
Saudades das rodas de viola à beira de uma fogueira, nas noites frias de Julho no Canecão, e da festa do peão que arrasta pé ao som de uma sanfona.
E Grajaú simplesmente se transforma em poesia, e quem bebeu das águas do seu rio não a esquece jamais. Quem a visita sofre na hora da despedida, depois de vivenciar momentos tão profundos, e a poesia se transforma em canção acalentando o coração de quem está longe, e como diz o poeta grajauense Chico Rosas, “Grajaú és fascinante, és compassiva e afetuosa, meiga, suave e carinhosa, sensível, branda e majestosa, doce, afável, vaidosa, Grajaú tu és formosa”.
“Eu vim de lá do interior...” assim fala Pe. Zezinho em uma de suas canções mais ouvidas, e que traz na letra a lembrança da vida simples de quem mora no interior. Envolvida por chapadas, serras, montanhas, ladeiras e aldeias indígenas, se encontra uma cidadezinha aconchegante e charmosa que nos encanta com suas marcantes tradições.
Em Grajaú tudo é motivo de festa, terra de poetas e cantores que remontam sua história, e em forma de versos e canções enchem de orgulho o coração de quem por lá passa.
Conhecida pela riqueza de uma cultura que se manifesta através do som de uma viola, das toadas do bumba-meu-boi nos festejos juninos, da folia de Reis, da festa do Divino Espírito Santo, dos festivais de música, desde a Religiosa à Música Popular Brasileira, do carnaval ao som dos instrumentos de sopro da Banda Torquato Lima e da famosa festa do Moqueado, festejo da moça virgem da aldeia.
Banhada pelos Rios Grajaú e Mearim, as matas de Grajaú escondem exuberantes riachos e cachoeiras de águas cristalinas que não deixam cair no esquecimento às grandes pescarias ao sabor do quilambí.
Saudades. É o que resta quando se está longe de casa e vem a lembrança do quanto é gratificante sentar à porta da rua e jogar conversa fora com os amigos e vizinhos, sentar no banco da praça e ver o cair da tarde, escutar os sinos da Catedral e encher os olhos de lágrimas de saudades das coisas que eu não vivi.
Saudades das rodas de viola à beira de uma fogueira, nas noites frias de Julho no Canecão, e da festa do peão que arrasta pé ao som de uma sanfona.
E Grajaú simplesmente se transforma em poesia, e quem bebeu das águas do seu rio não a esquece jamais. Quem a visita sofre na hora da despedida, depois de vivenciar momentos tão profundos, e a poesia se transforma em canção acalentando o coração de quem está longe, e como diz o poeta grajauense Chico Rosas, “Grajaú és fascinante, és compassiva e afetuosa, meiga, suave e carinhosa, sensível, branda e majestosa, doce, afável, vaidosa, Grajaú tu és formosa”.
Um Projeto Para a Vida: Reeducação alimentar nas escolas
Por: Ana Carolina e Selma Ramos
Obesidade, colesterol elevado, diabetes, aumento da pressão arterial e cárie
dentária são algumas das doenças causadas por consequências negativas de uma alimentação carente em nutrientes e vitaminas. Visando melhorias na qualidade de vida, algumas escolas de São Luís, tomaram a iniciativa de desenvolver programas voltados à reeducação alimentar, considerando o fato de a má alimentação afetar o desempenho escolar de crianças e adolescentes.
O projeto, “Alimentação Saudável” inclui Salada e suco de frutas, sanduíche natural, comidas grelhadas nos lanches e refeições das crianças pelo menos duas vezes por semana, promovendo mudanças rigorosas no cardápio e incentivando-as a comerem frutas, vegetais e verduras.
O projeto tem como base a Pirâmide alimentar, que serve como cronograma para uma alimentação adequada. Na pirâmide os alimentos são representados de acordo com seus valores nutricionais e quantidades equilibradas de carboidrato, lipídios, sais minerais, vitaminas e fibras.
Para a coordenadora pedagógica da educação infantil, Renata Mochrek, a escola exerce uma função primordial na reeducação alimentar e têm surtido grande efeito, pois as crianças cobram dos pais o que é passado em sala de aula. Com palestras e projetos interdisciplinares os professores utilizam uma linguagem acessível para explicar os benefícios proporcionados pelos hábitos alimentares, e mostrar que essa atitude não é uma responsabilidade só da escola. “Uma boa alimentação deve partir dos hábitos familiares”, diz Mochrek.
“Gosto muito de comer salada de fruta na hora do recreio, mas quando estou em casa como muita besteira”. Diz Ana Flora, 9 anos.
A influência dos pais é fundamental para a motivação dos filhos na escolha dos alimentos. Mas, devido às consequências das atividades corriqueiras do dia-a-dia, a alimentação delas fica comprometida, passando os pais a aderirem aos chamados “fast-food” (“comidas rápidas”, na tradução para o português) como: pizzas, hambúrgueres, refrigerantes e guloseimas.
De acordo com a nutricionista Jackeline Ferreira, é fundamental que a escola promova conhecimentos sobre os benefícios da alimentação diária das crianças, pois favorece ao metabolismo desenvolver atividades positivas para o crescimento saudável, reduzindo a ocorrência de problemas de comportamento. “É uma iniciativa louvável”, afirma Ferreira.
Portanto, o processo de reeducação alimentar acontece em longo prazo, permitindo a substituição de guloseimas por alimentos igualmente gostosos e que fazem bem a saúde.
Obesidade, colesterol elevado, diabetes, aumento da pressão arterial e cárie
dentária são algumas das doenças causadas por consequências negativas de uma alimentação carente em nutrientes e vitaminas. Visando melhorias na qualidade de vida, algumas escolas de São Luís, tomaram a iniciativa de desenvolver programas voltados à reeducação alimentar, considerando o fato de a má alimentação afetar o desempenho escolar de crianças e adolescentes.
O projeto, “Alimentação Saudável” inclui Salada e suco de frutas, sanduíche natural, comidas grelhadas nos lanches e refeições das crianças pelo menos duas vezes por semana, promovendo mudanças rigorosas no cardápio e incentivando-as a comerem frutas, vegetais e verduras.
O projeto tem como base a Pirâmide alimentar, que serve como cronograma para uma alimentação adequada. Na pirâmide os alimentos são representados de acordo com seus valores nutricionais e quantidades equilibradas de carboidrato, lipídios, sais minerais, vitaminas e fibras.
Para a coordenadora pedagógica da educação infantil, Renata Mochrek, a escola exerce uma função primordial na reeducação alimentar e têm surtido grande efeito, pois as crianças cobram dos pais o que é passado em sala de aula. Com palestras e projetos interdisciplinares os professores utilizam uma linguagem acessível para explicar os benefícios proporcionados pelos hábitos alimentares, e mostrar que essa atitude não é uma responsabilidade só da escola. “Uma boa alimentação deve partir dos hábitos familiares”, diz Mochrek.
“Gosto muito de comer salada de fruta na hora do recreio, mas quando estou em casa como muita besteira”. Diz Ana Flora, 9 anos.
A influência dos pais é fundamental para a motivação dos filhos na escolha dos alimentos. Mas, devido às consequências das atividades corriqueiras do dia-a-dia, a alimentação delas fica comprometida, passando os pais a aderirem aos chamados “fast-food” (“comidas rápidas”, na tradução para o português) como: pizzas, hambúrgueres, refrigerantes e guloseimas.
De acordo com a nutricionista Jackeline Ferreira, é fundamental que a escola promova conhecimentos sobre os benefícios da alimentação diária das crianças, pois favorece ao metabolismo desenvolver atividades positivas para o crescimento saudável, reduzindo a ocorrência de problemas de comportamento. “É uma iniciativa louvável”, afirma Ferreira.
Portanto, o processo de reeducação alimentar acontece em longo prazo, permitindo a substituição de guloseimas por alimentos igualmente gostosos e que fazem bem a saúde.
Prostituição como Profissão. Legal ou Ilegal?????
Por: Ana Carolina Chaves e Liciane Pereira
Todos os dias ao entardecer, Marinalva (nome fictício) 23 anos, despede-se de sua filha e sai para o trabalho em um barzinho no centro da capital maranhense. Quando chega ao seu destino tem como função seduzir os homens para que eles consumam as mercadorias que estão à venda, dentre as quais está o seu corpo, tarefa nada fácil segundo Marinalva. “Acho que é mentira de quem diz que gosta, mas a gente finge para o cliente ficar satisfeito, você sabe que está se vendendo. Venho para trabalhar e não para me divertir. É uma troca: eles vêem em busca de prazer e a gente oferece companhia”, relatou ela.
Em uma sociedade que ainda tem características conservadoras, um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados provoca discussão em meio à profissão considerada uma das mais antigas do mundo. De autoria do deputado federal, Fernando Gabeira (PV-RJ), o projeto visa regulamentar os serviços de natureza sexual, ou seja, tornar a prostituição uma profissão com carteira assinada. A possível regulamentação da prostituição como profissão preocupa a grande parte mais tradicional da população maranhense, como os religiosos, os pais e em alguns casos, as próprias garotas de programa.
A prostituição não é legalizada, porém é uma profissão reconhecida como as outras. Segundo Amélia Nunes, técnica de Seguro Social, da Previdência Social, elas têm todos os diretos trabalhistas, desde que contribuam efetivamente com a previdência social. Entretanto, ela registra que quando contribuem não é possível saber se é uma profissional do sexo porque a maioria se identifica como dona de casa.
Na previdência social, a prostituta enquadra-se dentro da categoria de colaboradoras facultativas (donas de casa, estudantes, síndicas de condomínios não remuneradas, desempregadas, presidiárias não remuneradas e bolsistas), ou seja, as profissionais autônomas.
A presidente da Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), Maria de Jesus Almeida Costa, afirmou que até o momento nenhuma prostituta procurou reivindicar seus direitos e contribuir com a previdência, por não terem preocupações com o futuro, e por não saberem administrar seu dinheiro, o que poderá enfraquecer a categoria.
A Aprosma tem em seus cadastros cerca de 1.100 prostitutas e fornece ajuda a aproximadamente 600 mulheres no Centro de Referência da Mulher “Santa Micaela”, no bairro do Desterro (Centro Histórico). O seu principal objetivo é prestar assistência médica, conscientizar o uso de preservativos e reivindicar a valorização da profissão.
Regina, 52 anos, dona de estabelecimento que oferece oportunidades de encontros sexuais por dinheiro, supõe que a possível regulamentação pode trazer prejuízos financeiros para os donos de casas de encontros, pois as meninas tendem a “relaxar” sabendo que no final do mês têm o salário garantido. “Elas vão trazer despesas para casa”, afirmou ela.
Para a psicóloga Begonha Requejo a legalização favorece os donos de bares que poderão se recusar a pagar os direitos reservados a elas, além de contribuir com o tráfico de mulheres o que é muito comum na capital.
“Falar de regulamentação para assegurar os direitos da mulher profissional do sexo é aceitável. Direitos de poder se aposentar, desfrutar da saúde, de ser respeitada, mas não sei se pra consegui-los o caminho mais adequado é a legalização”.
Essa frase dita por Begonha é uma espécie de mantra repetido por todos aqueles que repudiam a legalidade por acreditarem que a prostituição é uma das piores profissões que o ser humano pode submeter-se, pois coloca a mulher em um estado de “subescravidão”, como uma espécie de produto monopolizado.
Conforme Etiene das Mercês, (profissional do sexo) a legalização seria apenas uma forma de exposição para a sociedade que a discrimina, além de aumentar a concorrência o que poderia levá-las ao desemprego. “Ninguém vai querer fazer outro serviço, só se prostituir”, diz ela. Maria de Jesus afirma que esse pensamento é compartilhado por mais de 80% das profissionais do sexo do Maranhão.
Não deve ser regulamentada a prostituição na visão de Frei Lázaro Nunes porque fere com os princípios de moralidade, além disso, pode trazer como consequência à legitimação de outros crimes, como exemplo, às drogas, e das drogas um passo para o trabalho infantil. “São atitudes nossas para dizer que não somos incompetentes, portanto, devemos pensar duas vezes antes de assinarmos nossa ignorância”, destaca o Frei.
Fatores econômicos, falta de oportunidade, educação, problemas familiares estão conduzindo essas mulheres à prostituição, pois se acredita que ninguém vende o corpo porque gosta, e sim por alguma carência. “Considerar a prostituição como profissão, equivale a comparar seu serviço com qualquer trabalhador que oferece seu suor por aquele dia de trabalho, no entanto, ao contrário da prostituta, ele não fere a dignidade intíma do seu corpo”, reflete a assistente social Edna Sampaio.
Todos os dias ao entardecer, Marinalva (nome fictício) 23 anos, despede-se de sua filha e sai para o trabalho em um barzinho no centro da capital maranhense. Quando chega ao seu destino tem como função seduzir os homens para que eles consumam as mercadorias que estão à venda, dentre as quais está o seu corpo, tarefa nada fácil segundo Marinalva. “Acho que é mentira de quem diz que gosta, mas a gente finge para o cliente ficar satisfeito, você sabe que está se vendendo. Venho para trabalhar e não para me divertir. É uma troca: eles vêem em busca de prazer e a gente oferece companhia”, relatou ela.
Em uma sociedade que ainda tem características conservadoras, um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados provoca discussão em meio à profissão considerada uma das mais antigas do mundo. De autoria do deputado federal, Fernando Gabeira (PV-RJ), o projeto visa regulamentar os serviços de natureza sexual, ou seja, tornar a prostituição uma profissão com carteira assinada. A possível regulamentação da prostituição como profissão preocupa a grande parte mais tradicional da população maranhense, como os religiosos, os pais e em alguns casos, as próprias garotas de programa.
A prostituição não é legalizada, porém é uma profissão reconhecida como as outras. Segundo Amélia Nunes, técnica de Seguro Social, da Previdência Social, elas têm todos os diretos trabalhistas, desde que contribuam efetivamente com a previdência social. Entretanto, ela registra que quando contribuem não é possível saber se é uma profissional do sexo porque a maioria se identifica como dona de casa.
Na previdência social, a prostituta enquadra-se dentro da categoria de colaboradoras facultativas (donas de casa, estudantes, síndicas de condomínios não remuneradas, desempregadas, presidiárias não remuneradas e bolsistas), ou seja, as profissionais autônomas.
A presidente da Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), Maria de Jesus Almeida Costa, afirmou que até o momento nenhuma prostituta procurou reivindicar seus direitos e contribuir com a previdência, por não terem preocupações com o futuro, e por não saberem administrar seu dinheiro, o que poderá enfraquecer a categoria.
A Aprosma tem em seus cadastros cerca de 1.100 prostitutas e fornece ajuda a aproximadamente 600 mulheres no Centro de Referência da Mulher “Santa Micaela”, no bairro do Desterro (Centro Histórico). O seu principal objetivo é prestar assistência médica, conscientizar o uso de preservativos e reivindicar a valorização da profissão.
Regina, 52 anos, dona de estabelecimento que oferece oportunidades de encontros sexuais por dinheiro, supõe que a possível regulamentação pode trazer prejuízos financeiros para os donos de casas de encontros, pois as meninas tendem a “relaxar” sabendo que no final do mês têm o salário garantido. “Elas vão trazer despesas para casa”, afirmou ela.
Para a psicóloga Begonha Requejo a legalização favorece os donos de bares que poderão se recusar a pagar os direitos reservados a elas, além de contribuir com o tráfico de mulheres o que é muito comum na capital.
“Falar de regulamentação para assegurar os direitos da mulher profissional do sexo é aceitável. Direitos de poder se aposentar, desfrutar da saúde, de ser respeitada, mas não sei se pra consegui-los o caminho mais adequado é a legalização”.
Essa frase dita por Begonha é uma espécie de mantra repetido por todos aqueles que repudiam a legalidade por acreditarem que a prostituição é uma das piores profissões que o ser humano pode submeter-se, pois coloca a mulher em um estado de “subescravidão”, como uma espécie de produto monopolizado.
Conforme Etiene das Mercês, (profissional do sexo) a legalização seria apenas uma forma de exposição para a sociedade que a discrimina, além de aumentar a concorrência o que poderia levá-las ao desemprego. “Ninguém vai querer fazer outro serviço, só se prostituir”, diz ela. Maria de Jesus afirma que esse pensamento é compartilhado por mais de 80% das profissionais do sexo do Maranhão.
Não deve ser regulamentada a prostituição na visão de Frei Lázaro Nunes porque fere com os princípios de moralidade, além disso, pode trazer como consequência à legitimação de outros crimes, como exemplo, às drogas, e das drogas um passo para o trabalho infantil. “São atitudes nossas para dizer que não somos incompetentes, portanto, devemos pensar duas vezes antes de assinarmos nossa ignorância”, destaca o Frei.
Fatores econômicos, falta de oportunidade, educação, problemas familiares estão conduzindo essas mulheres à prostituição, pois se acredita que ninguém vende o corpo porque gosta, e sim por alguma carência. “Considerar a prostituição como profissão, equivale a comparar seu serviço com qualquer trabalhador que oferece seu suor por aquele dia de trabalho, no entanto, ao contrário da prostituta, ele não fere a dignidade intíma do seu corpo”, reflete a assistente social Edna Sampaio.
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