sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Grajaú de tantas tradições

Por: Ana Carolina Chaves

“Eu vim de lá do interior...” assim fala Pe. Zezinho em uma de suas canções mais ouvidas, e que traz na letra a lembrança da vida simples de quem mora no interior. Envolvida por chapadas, serras, montanhas, ladeiras e aldeias indígenas, se encontra uma cidadezinha aconchegante e charmosa que nos encanta com suas marcantes tradições.
Em Grajaú tudo é motivo de festa, terra de poetas e cantores que remontam sua história, e em forma de versos e canções enchem de orgulho o coração de quem por lá passa.
Conhecida pela riqueza de uma cultura que se manifesta através do som de uma viola, das toadas do bumba-meu-boi nos festejos juninos, da folia de Reis, da festa do Divino Espírito Santo, dos festivais de música, desde a Religiosa à Música Popular Brasileira, do carnaval ao som dos instrumentos de sopro da Banda Torquato Lima e da famosa festa do Moqueado, festejo da moça virgem da aldeia.
Banhada pelos Rios Grajaú e Mearim, as matas de Grajaú escondem exuberantes riachos e cachoeiras de águas cristalinas que não deixam cair no esquecimento às grandes pescarias ao sabor do quilambí.
Saudades. É o que resta quando se está longe de casa e vem a lembrança do quanto é gratificante sentar à porta da rua e jogar conversa fora com os amigos e vizinhos, sentar no banco da praça e ver o cair da tarde, escutar os sinos da Catedral e encher os olhos de lágrimas de saudades das coisas que eu não vivi.
Saudades das rodas de viola à beira de uma fogueira, nas noites frias de Julho no Canecão, e da festa do peão que arrasta pé ao som de uma sanfona.
E Grajaú simplesmente se transforma em poesia, e quem bebeu das águas do seu rio não a esquece jamais. Quem a visita sofre na hora da despedida, depois de vivenciar momentos tão profundos, e a poesia se transforma em canção acalentando o coração de quem está longe, e como diz o poeta grajauense Chico Rosas, “Grajaú és fascinante, és compassiva e afetuosa, meiga, suave e carinhosa, sensível, branda e majestosa, doce, afável, vaidosa, Grajaú tu és formosa”.

2 comentários:

  1. Tiaaa... Adorei o blog, bem construido, bem editado e digiado... a melhor jornalista, a futura fatima bernardes... esse post ta muito lindo! é um poema dissertativo. bjus Saudades!!

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  2. ahh obrigada minha linda
    se Deus assim permitir eu serei sim uma ótima Jornalista estou lutando por isso
    amo-te

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