E quem não gostaria de escutar palavras como essas? Alguém que faça algo que nos agrade sem cansar. É assim a História do Romance O Caçador de Pipas de Khaled Hosseini. A história de amizade entre Amir (Zekiria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmoodzada) é uma verdadeira lição de cumplicidade, amizade, lealdade, amor, culpa e arrependimento.
Hassan, um menino simples, de coração puro e humilde, esperto e inteligente, nunca se ofendia com as grosserias de seu amigo Amir, que ao contrário era um garoto estranho e egoísta, queria a qualquer custo ganhar a admiração de seu pai. Hassan, por sua vez era cativante e conseguia a admiração de todos por ser sempre disponível e disciplinado.
A amizade entre o filho do criado Ali, com Amir Jan é um tanto intrigante, pois deixa claro que Amir não correspondia com a devoção e admiração que o pequeno Hassan tinha por ele. Quando criança, os dois passavam o dia inteiro brincando, soltando e correndo atrás de pipas, Amir contava estórias a Hassan que deixava se deslumbrar pelas narrativas de seu amigo.
Fiel, companheiro e leal, assim era Hassan, uma bondade tamanha que nos toca profundamente e nos faz refletir sobre a possibilidade de existir uma pessoa tão completa em sentimentos puros, ele não se importava com a indiferença de Amir, e sempre transparecia o valor daquela amizade para ele.
Como Hassam previa aonde as pipas caiam a última vez que correu atrás de uma para Amir, ele foi abordado por um grupo de jovens rebeldes, que o insultaram na presença de Amir, que nada fez para defendê-lo, valente e forte Hassan não se deixou vencer pelos insultos, resistiu até onde pode e logo depois foi abusado sexualmente. Tudo isso aconteceu porque ele havia prometido dá de presente a pipa para seu amigo.
Será que Amir faria isso por Hassan? Não, não faria e não o fez, ele se comportou como um fraco, um covarde, assim como muitos fazem quando são provados em situações como essa, ele virou as costas pro amigo e não o bastasse ainda fez com que Hassan fosse embora de sua casa. Amir era muito egoísta queria ser o centro das atenções, mas o remorso e a culpa o acompanharam por muitos anos. Já o corajoso Hassan disse que por ele faria isso mil vezes.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Até que ponto você se conhece?
Esse é o questionamento proposto pelo filme Crash - no limite, de Paul Haggis, que traz uma reflexão sobre os conflitos contemporâneos existentes nas sociedades, principalmente em Los Angeles, onde o drama acontece.
No filme, a narrativa é construída com vários casos envolvendo pessoas e profissionais de raça, etnias e classes sociais diferentes, mas com uma qualidade pessoal em comum, são preconceituosas, e que por ironia do destino se encontram em momentos e situações diferentes.
O preconceito racial e étnico predominante na personalidade dos atores é motivo de vários incidentes entre eles. E daí surge a pergunta, até que ponto você se conhece? Pois, ao mesmo tempo em que o preconceito é motivo para atitudes ignorantes, os personagens se deparam com situações que mostram seu lado humano.
Bem e mau se confundem no cenário e nos mostram até onde somos limitados por nossa arrogância de julgar que somos melhores pelo fato de ocupar uma posição social superior aos demais. Entretanto, ao decorrer dos acontecimentos os personagens deixam explícitos em suas atitudes que não existe uma pessoa totalmente má ou sensata demais a ponto de não cometer um deslize.
E essa reflexão se torna evidente no caso do oficial Ryan, interpretado pelo ator (Matt Dillon) ao abordar um casal de negros que estavam a caminho de uma festa. Christine e Cameron interpretados por (Thandie Newton) e (Terrence Howard) são vítimas de abusos racistas pelo oficial, que em outra situação salva Ryan de um incêndio no carro.
Outro exemplo é o oficial Hanson (Ryan Phillippe) sensato, equilibrado, justo e ético com a sua profissão, mas que ao ser gentil dando carona a um desconhecido, que por contradição é um bandido, ele é irritado, perde o controle e comete homicídio.
Portanto, Crash é uma ação onde os dramas decorrentes são exemplos de como vivem os Norte- Americanos após o atentado de 11 de Setembro, amedrontados, desconfiados e cada vez mais preconceituosos. O Drama ganhou o Oscar de melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem em 2006
No filme, a narrativa é construída com vários casos envolvendo pessoas e profissionais de raça, etnias e classes sociais diferentes, mas com uma qualidade pessoal em comum, são preconceituosas, e que por ironia do destino se encontram em momentos e situações diferentes.
O preconceito racial e étnico predominante na personalidade dos atores é motivo de vários incidentes entre eles. E daí surge a pergunta, até que ponto você se conhece? Pois, ao mesmo tempo em que o preconceito é motivo para atitudes ignorantes, os personagens se deparam com situações que mostram seu lado humano.
Bem e mau se confundem no cenário e nos mostram até onde somos limitados por nossa arrogância de julgar que somos melhores pelo fato de ocupar uma posição social superior aos demais. Entretanto, ao decorrer dos acontecimentos os personagens deixam explícitos em suas atitudes que não existe uma pessoa totalmente má ou sensata demais a ponto de não cometer um deslize.
E essa reflexão se torna evidente no caso do oficial Ryan, interpretado pelo ator (Matt Dillon) ao abordar um casal de negros que estavam a caminho de uma festa. Christine e Cameron interpretados por (Thandie Newton) e (Terrence Howard) são vítimas de abusos racistas pelo oficial, que em outra situação salva Ryan de um incêndio no carro.
Outro exemplo é o oficial Hanson (Ryan Phillippe) sensato, equilibrado, justo e ético com a sua profissão, mas que ao ser gentil dando carona a um desconhecido, que por contradição é um bandido, ele é irritado, perde o controle e comete homicídio.
Portanto, Crash é uma ação onde os dramas decorrentes são exemplos de como vivem os Norte- Americanos após o atentado de 11 de Setembro, amedrontados, desconfiados e cada vez mais preconceituosos. O Drama ganhou o Oscar de melhor filme, melhor roteiro original e melhor montagem em 2006
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